Essa semana tive a felicidade de saber que minha amiga Márcia Andréa foi citada em um livro que conta a trajetória dos evangélicos na história do rádio e da TV em nosso país. Escrito pelo Pr. Flávio Lima, a obra literária retrata os 100 anos de evolução dos evangélicos nas mídias mais populares.
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Em minha trajetória profissional pude viver vários desses momentos em posição privilegiada e, pelo grande carinho que tenho pela amiga, transcrevo abaixo o trecho do livro dedicado a ela.
Em 1990, Márcia Andréa cursava o segundo grau e fazia inglês. Seu sonho era se tornar atriz de teatro. Havia se matriculado na famosa escola de artes dramáticas O Tablado, e tinha um talento tremendo para o palco e para a palavra. Nessa época, ela começou a acompanhar a irmã, Mônica Valéria, a eventos evangélicos e, de vez em quando, visitava os estúdios da Rádio Melodia, assim como fazia com o seu pai, Arildes Cardoso, no Sistema Globo de Rádio, mas tornar-se locutora nunca passou pela cabeça de Márcia. O projeto dela era cursar uma faculdade, talvez de Odontologia, para financiar a carreira no teatro.
Em meados de 1989, no entanto, tudo começaria a mudar na vida das duas irmãs. Mônica acabara de ser pedida casamento e partiria com o marido numa missão acadêmica afastando-se completamente do rádio. Sr. Germano, o gerente da Rádio Melodia foi ao Chico (Francisco Silva, dono da emissora) com a notícia, exasperado, porque o horário da Mônica era o mais ouvido. “Seu Francisco, a Mônica vai sair. Como vamos fazer? Temos que encontrar alguém para o lugar dela. É o horário de mais lucro para a rádio”. Chico, sempre calmo e seguro de si, disse: “Germano, por que você está tão nervoso. Fala com ela pra ver se a irmã dela quer assumir o horário”.
Germano entrou no estúdio e perguntou à Mônica, que por sua vez falou com Márcia, na época com 15 anos. A adolescente que sonhava em ser atriz decidiu tentar, mas para isso precisava se preparar. Entrou num curso de locução, estudou e aceitou o desafio. No mês em que completou 16 anos, ela foi contratada pela Melodia, tornando-se a primeira adolescente a comandar um horário no FM evangélico. De novo, Chico acertava em cheio ao apostar no novo. Márcia, num programa totalmente criado pelo seu pai, Arildes Cardoso, conquistou rapidamente a simpatia dos ouvintes, e o programa foi para o primeiro lugar de audiência. Ela lançou bandas e cantores como Marcos Góes e Mattos Nascimento, e passou a ser a voz da maioria dos anúncios da rádio. Além disso, ela era convidada para apresentar inúmeras programações e se apresentar em vários eventos, cantando e ministrando a palavra.
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Na década de 2000, Márcia retornou à Melodia com uma proposta de Francisco Silva para dividir o microfone com Eliel do Carmo pelas manhãs e, um tempo depois, passou a comandar as tardes com Gustavo de Moraes. Aos 28 anos, produziu e apresentou aos domingos o primeiro programa de rádio evangélico voltado exclusivamente para o universo feminino, o “Melodia Mulher”, em que trazia à tona vários temas, entre eles, a importância da mulher no lar, na igreja e na sociedade, sem se desviar dos princípios cristãos.
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