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Minha História Engraçada com a Pra. Ludmila Ferber

Minha História Engraçada com a Pra. Ludmila Ferber

Um candidato a Governador estava fazendo um showmício em Campos, sua cidade-reduto, a Pra. Ludmila Ferber estava escalada para ser a atração principal, iria pregar e cantar. Ele me ligou dizendo que o motorista que iria fazer o transporte dela teve algum problema e não poderia cumprir sua função. Já meio desesperado me pediu para fazer o transporte. Ele disse que me pagaria o mesmo que teria pago ao motorista, mas era para chegar lá e me apresentar como o chofer contratado.

Assim o fiz, peguei a celebridade em Copacabana, ela sentou no banco de trás do meu carro e fui alegremente fazendo a função de chofer. Modo chofer ativado.

Estávamos atrasados e, assim que entramos na estrada, comecei a forçar mais o ritmo do veículo, ao que ela comentou “sei que estamos atrasados, se você tiver disposição, pode correr o quanto quiser, eu não tenho medo”. Olha logo para quem que ela foi dizer uma coisa dessas, afinal, não foi à toa que paguei mais caro para ter um carro que faz de zero a 100 km/h em 8 segundos! Nem vou dizer a velocidade que mantive para evitar que a Polícia bata à minha porta!

Logo no início da viagem ela recebeu uma ligação da filha, a qual conversou com ela por longo tempo em inglês. Só jogando conversa fora, atualizando as novidades.

Um pouco depois que ela desligou da filha, quem me liga? Dida Linda (para quem não conhece, a minha filha). Na época a gente tinha mania de, às vezes, conversar misturando inglês e japonês. Um exercício que fazíamos para treinar o que aprendíamos nas aulas do Kumon com a Profa. Yumi Sakurai (桜井裕美先生). Acontece que meu telefone fica pareado com o sistema de som do carro, esqueci de desligar o BT para essa situação especial, e quando vi que era a Dida Linda me ligando, pedi licença para atender, pois era a minha filha.

Em nossa conversa misturada de inglês com japonês, ela estava combinando nossa próxima viagem a NYC, o que deixamos de fazer na última viagem e o que ela gostaria de fazer na próxima.

Ela se interessou pela conversa e foi me enchendo de perguntas do tipo “que legal! Você já foi aos EUA!”. Respondi “costumo ir para lá de 3 a 4 vezes por ano.” (exagero, naquela época eu ia para os EUA de uma a duas vezes por ano). Ela ficou curiosa e começou a perguntar mais, sobre o que eu fazia lá. Respondi que ia passear, que já havia visitado todas as grandes cidades famosas daquele país (o que é verdade), falei sobre minha paixão pela exploração espacial e que já havia visitado quase todos os centros de visitação da NASA, que só faltavam dois, e entrei nas minhas histórias de viagem que, quando começo, não paro mais.

Ela comentou sobre o carro, que era muito luxuoso, eu comentei que adorava carros que juntavam luxo com esportividade, e que aquele era o carro ideal para mim naquele momento porque juntava os dois “você percebeu como a gente faz as ultrapassagens com facilidade? São 175 cv de potência! Ano que vem pretendo trocar pela versão mais nova, que tem 225 cavalos! Quem gosta de motorzinho é dentista, aqui não tem pôneis no motor e sim cavalos puro sangue!”. Ela riu muito e disse que também gostava muito daquela campanha da Nissan!

Ela ria e foi se interessando mais e mais até que ela perguntou como eu conseguia tempo para viajar tanto. Eu expliquei que meu trabalho me permite trabalhar remoto, expliquei como faço roteamento do meu telefone para tocar em qualquer lugar sem que o interlocutor saiba que estou forma do país e falei um pouco das tecnologias que utilizo para gerenciar os negócios…

Daí para frente não deu mais para manter o disfarce, “você não é chofer? O Garotinho disse que iria mandar um chofer!”. Eu pedi que ela guardasse esse segredo, que não revelasse para ele que eu acabei revelando a minha identidade secreta! Ela concordou, se enturmou, e começou a desabafar sobre várias lutas que ela estava enfrentando. Afinal de contas, problemas, quem não tem?

Aí eu tive que ativar o modo psicólogo e ouvir as lamentações dela. Ela já havia descoberto o câncer e veio comentando como vinha enfrentando as diversas adversidades que a vida lhe impunha. Na viagem até Campos eu acho que fiquei sabendo mais sobre ela do que todos os repórteres dos veículos de “fuxico”.

Como tudo na vida tem um preço, ela acabou ouvindo sobre as minhas lutas também, nos divertimos e compadecemos das lutas um do outro. A vida é feita de vitórias e de lutas, cabe a nós decidir como reagirmos diante das circunstâncias.

Ela comentou do sonho que tinha de possuir uma casa, agora não lembro se em Charlotte, NC ou Jacksonville, FL (eu sei que são distantes, mas minha cabeça está confusa neste momento) e comentei do meu de ter uma casa em Lighthouse Point, FL. e fomos melhorando o assunto.

Depois a conversa foi rolando para os amigos em comum. O Bebeto Olicar tocava na banda dela, até nos reencontramos lá. Emerson Pinheiro, Fernanda Brum, Eyshila entre tantos outros.

Ela desembarcou, feliz por me conhecer e ficamos de marcar um próximo encontro que nunca aconteceu. Cheguei ao local do show, revi alguns amigos que não via há muito tempo e então regressei para casa.

Recebi o valor em dinheiro pelo transporte, mas na viagem de volta bati em um buraco danificando uma roda do carro. O conserto foi o dobro do valor recebido! Coisas da vida.

Hoje recebo com pesar a notícia da passagem dessa pessoa que, em 3 horas de viagem passei a muito admirar.

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