Por Gabriel Reis
Para abordar o assunto do papel da tecnologia no cotidiano, englobando o método educacional e o impacto ambiental é necessário entender o que é tecnologia. Por definição, tecnologia é o processo ou o método utilizado para alcançar algum fim (finalidade), ou seja, utilizando o jargão do desenvolvimento de software, podemos definir como tecnologia o algoritmo utilizado para cumprir alguma finalidade. Essa definição se faz interessante por desassociarmos a ideia geral de que a tecnologia possui alguma relação direta com máquinas e computadores, e desta forma podemos abordar os assuntos de maneira contundente.
Cabe a interpretação mediante a um dos temas centrais a serem dissertados “qual é o papel da tecnologia na vida dos sujeitos nos dias atuais?”, interpretaremos o sujeito como:
- Ser Social – Indivíduo que deve ser analisado dentro de um contexto social, representando o comportamento de um ou mais grupos.
- Ser Individual – indivíduo analisado conforme seus valores individuais, desprezando o contexto social.
Dentro do aspecto do Ser Social, o impacto tecnológico pode ser descrito com uma abordagem positivista, haja visto as vantagens que a tecnologia proporciona no cotidiano social. Através dela e de seus avanços aumentamos nossa expectativa de vida através do método cientifico, modernizamos nossa maneira de aprendizado através do acesso rápido facilitado às informações, viabilizamos um controle de recursos cada vez mais apurado pelos sistemas de informação impactando direta e indiretamente qualquer mecanismo organizacional (transações bancárias, marcações e agendamentos, controle de tráfegos e etc).
Dentro do aspecto do Ser individual o impacto tecnológico só pode ser definido através da subjetividade. O indivíduo, através de seus dogmas e virtudes, deve ser capaz de formular uma narrativa positiva ou negativa em relação a tal.
Vide para esta redação, podemos rotular o avanço tecnológico de maneira negativa quando tratamos o individual. Isso se dá devido a complexidade da inserção do individuo no ambiente social. Essa linha de raciocínio está diretamente relacionada a busca humana pelo conhecimento e a necessidade de resolução de problemas, tais abordagens necessitam de tempo e estudo para serem refinadas, ao ponto de que seu refinamento nunca é suficiente, o que gera o dilema moral “aprimoramos o conhecimento e nossas tecnologias para ganharmos tempo e utilizamos o tempo ganho em novas maneiras de buscar conhecimento e desenvolver nossas tecnologias para ganharmos tempo”. Em resumo, o aprimoramento tecnológico na vida do ser individual nada mais é do que um trabalho de Sísifo, empurramos uma pedra ao topo de uma montanha apenas para aguardar sua queda e recomeçar a subida. Na busca por tempo apenas prolongamos o inevitável castigo.
Ao que cabe o avanço tecnológico voltado ao meio ambiente nota-se a atenção do mercado das Big Techs (Empresas líderes no setor de tecnologia da informação) no uso da energia limpa. De acordo com o artigo da Exame, o Google usará energia nuclear para abastecer seus data centers, tal energia apesar de considerada energia limpa possui dois principais problemas em sua geração, sendo eles, a alteração da temperatura dos biomas marinhos e o descarte do lixo nuclear gerado como subproduto na produção de energia. O segundo problema pode ser solucionado futuramente por conta da descoberta de uma nova espécie de fungo que se utiliza do material radioativo para seu processo de quimiossíntese de acordo com a matéria da Super Interessante: https://super.abril.com.br/ciencia/fungo-que-evoluiu-em-chernobyl-e-testado-como-escudo-de-radiacao-na-estacao-espacial-internacional.
Tanto a utilização da energia nuclear quanto o desenvolvimento de novos métodos para solucionar o impacto ambiental gerado por esta, são méritos dos avanços tecnológicos, cabe a responsabilidade deste avanço somente ao ser humano.