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Entenda Rapidamente Jornada nas Estrelas

Entenda Rapidamente Jornada nas Estrelas

Star Trek é uma história composta por Gene Roddenberry que se transformou em série de TV em 1966 e retratava um mundo futurista utópico no qual a sociedade humana evoluiu tornando-se justa, equalitária e altamente tecnológica. Todos os recursos e esforços eram feitos a favor do bem estar coletivo e em busca do contínuo crescimento do conhecimento científico e filosófico da comunidade interplanetária.

Devido a seu grande sucesso o projeto cresceu e, a partir da ideia original, foram criados diversos filmes longa-metragem, outras séries, cartoons, quadrinhos, convenções, formando assim uma enorme comunidade mundial de fãs, que são conhecidos como trekkers ou trekies.

Eu, como um trekker assumido, escrevo aqui um resumo para que você possa entender todo o contexto das séries e filmes do universo Star Trek.

ST:TOS – The Original Series

A primeira série a ser veiculada foi a que hoje chamamos de “clássica” ou “a série original”, normalmente referenciada pela comunidade como ST:TOS – Star Trek: The Original Series, totalmente dirigida por Gene Roddenberry em pessoa e foi ao ar de 1966 até 1969. Porém se engana quem pensa que essa foi a série que melhor descreveu o sonho do autor pois à época não havia recursos financeiros para se utilizar efeitos especiais e as maquiagens necessárias.

ST:TOS retratava as aventuras do Cap. Kirk e sua equipe a bordo da nave estelar Enterprise que navegava pela pelo quadrante alfa da nossa galáxia no final do século XXIII com a missão de explorar e conhecer novas raças, novas culturas. Foi a série que fez maior sucesso em todo o mundo, com o maior número de traduções.

ST:TAS – The Animated Series

A série retornou em 1973 até 1974 em forma de animação, utilizava os mesmos personagens de ST:TOS e as vozes dos personagens eram dubladas pelos próprios atores que interpretaram os personagens originais.

A tripulação principal da série animada era composta por mais dois personagens alienígenas, comparado à série clássica, uma vez que para os desenhos não havia a dificuldade técnica dos recursos especiais e maquiagens para fazer criaturas diferentes dos humanóides.

ST:TNG – The Next Generation

Finalmente, em 1987 a série voltou com força total e foi até 1994. Dessa vez com abudância de recursos financeiros e tecnológicos foi lançada Star Trek: The Next Generation, para a qual utilizamos a sigla ST:TNG. Dessa vez Gene Roddenberry ficou como consultor criativo e Rick Berman assumiu o controle da produção.

ST:TNG é considerada até hoje a melhor de todas as séries e mais fidedigna ao universo utópico sonhado por Gene Roddenberry. O Capitão da nave estelar Enterprise-D era Jean-Luc Picard, interpretado por Patrick Stewart. Ao longo de 7 temporadas o Cap. Picard e sua equipe navegaram pelo quadrante alfa de nossa galáxia no início do século XXIV e ganharam os corações dos trekkers por sua genialidade e espírito de crescimento coletivo. Até o momento, a história do capitão se encerrava no filme de cinema Star Trek: Nemesis que foi veiculado em 2002.

ST:DS9 – Deep Space 9

De 1993 a 1999 foi veiculada uma nova série para matar a saudade dos fãs, era Star Trek: Deep Space 9, sigla ST:DS9.

A narrativa acontece no século XXIV e é a primeira série de Star Trek onde a trama principal não acontece em uma espaçonave mas sim em uma estação espacial localizada no quadrante alfa da nossa galáxia próxima a uma fenda espacial que liga ao quadrante beta. Devido a importância estratégica desta passagem o slogan dessa série é “O universo passa por aqui”.

A fenda é descoberta próximo ao planeta Bajor, que acabara de sair de uma longa e sangrenta guerra com o planeta mais próximo, Cardássia. Por conta da descoberta dessa fenda, a Federação de Planetas Unidos assume o controle de uma velha e obsoleta estação espacial bajoriana, reforma essa estação e lhe dá o número 9. A presença da federação na Deep Space 9 traz paz para aquela região mas a guerra fria entre Cardássia e Bajor ainda é intensa. O Cap. Benjamim Sisko tem a missão de comandar a estação espacial controlando a passagem da fenda espacial em meio a esse clima.

ST:VOY – Voyager

Em paralelo, de 1995 a 2001 foi feita uma nova série, Star Trek: Voyager, sigla ST:VOY e tem uma pegada bem diferente. A história começa com a nave Voyager, comandada pela Cap. Kathryn Janeway, fazendo uma parada na estação espacial Deep Space 9 quando ela parte em perseguição a um grupo de criminosos, os Maquis, e por alguma razão eles são transportados para o quadrante Delta da nossa galáxia.

Como são os únicos humanos naquele local do espaço eles precisam trabalhar juntos para traçar um plano de regresso ao quadrante alfa, que ficou a 75 mil anos luz de distância, que em velocidade máxima em linha reta, levaria 75 anos de viagem. Essa série tem grande importância para o universo Star Trek porque, no caminho de volta, eles acabam passando pelo espaço onde vivem os Borgs. Os episódios “Scorpion” partes 1 e 2 e os próximos 2 que o sucede são de importância vital para o entendimento de Star Trek.

ST:ENT – Enterprise

As quatro séries citadas até agora contam toda a história de Star Trek, mas então vieram os prequels (histórias que acontecem anteriormente às existentes).

O primeiro prequel é Star Trek: Enterprise, sigla ST:ENT. A história reporta a primeira nave da Federação a explorar o universo, chamada Enterprise NX-01. A nave liderada pelo Cap. Jonathan Archer é bem rudimentar, não possui teletransporte, raio trator e diversas tecnologias das outras séries, afinal, se desenrola no século XXII. ST:ENT foi ao ar entre 2001 e 2005 e mostra a primeira missão humana em espaço profundo.

ST:DIS – Discovery

A partir de 2017 entrou no ar Star Trek: Discovery, sigla ST:DIS. Esse prequel relata a história poucos anos após o final de ST:ENT chegando a se conectar com a Enterprise A, comandada pelo Cap. Kirk porém em uma época em que ela ainda era comandada pelo Cap. Christopher Pike.

Essa série deu o que falar por conta da dificuldade que seria escrever novas histórias em um período de tempo intermediário sem que isso conflitasse com as histórias que acontecem posterior a elas. Lembre que ST:TOS foi gravada em 1964 sem qualquer recurso tecnológico enquanto ST:DIS foi gravada em 2017 com todos os recursos tecnológicos e financeiros possíveis a seu alcance. Houve revolta entre os fãs, mas no final da segunda temporada tudo ficou devidamente encaixado com a linha temporal das histórias bem encaixadas.

Por conta disso essa é a série que traz a maior discórdia entre os fãs que ficam indignados com o fato de a Discovery possuir mais tecnologia que a Enterprise. Não vou nem falar do motor de esporos que equipa a USS Discovery para evitar maiores polêmicas, o que posso dizer é que gostei muito da série apesar de realmente sair um pouco da filosofia original de paz e mundo melhor pregado em Star Trek.

Para acalmar um pouco os ânimos daqueles que dizem que ST:DIS não é Star Trek, que distorce completamente a história tenho duas coisas a dizer: uma é que no final tudo se encaixa perfeitamente, e a segunda… Ah, a segunda é emocionante! Primeiro você precisa entender que em TOS havia um capitão antes do famoso Cap. Kirk, que foi o Cap. Pike. Ele era o comandante da Enterprise no episódio piloto, chamado “The Cage”, porém o episódio não foi aprovado à época, então a versão final foi com William Shatner interpretando o Cap. Kirk. Em um determinado episódio de TOS há a aparição do Cap. Pike já aposentado, inválido, sendo mantido em um sistema e sustentação artificial da vida. Lembre que naquela época não havia tecnologia ou recursos para fazer um filme mais sofisticado. Agora, em um dos episódios mais emocionantes de Discovery é mostrada toda a história do Cap. Pike e as imagens são intercaladas com as imagens da série clássica. Um episódio de altíssimo bom gosto e que fecha a história do personagem de foma monumental!

ST:PIC – Picard

Essa tem tudo para ser a melhor das séries até o momento e você pode ler sobre a expectativa para o lançamento neste post: Expectativa Alta Para Star Trek: Picard.

Veiculado a partir de janeiro de 2020, a série intitulada apenas Picard retrata a história do Cap. da Enterprise D, Jean-Luc Picard, 20 anos após sua saída da Frota Estelar. Cronologicamente falando, esta série foi gravada 18 anos após o filme Star Trek: Nemesis, então o envelhecimento dos atores estará condizente ao tempo reportado na trama. Os trailers veiculados até o momento são altamente emocionantes ao mostrar detalhes que fazem sentido para quem acompanhou toda a história do referido personagem de ST:TNG. Para fechar o trailer com uma dose maior de emoção aparece uma mulher de costas dizendo: “o que você está fazendo aí Picard?”, e de repente a câmera foca no rosto dela, é a 7 de 9, da série ST:VOY, e ela completa a frase “salvando a galáxia?”.

Se você nunca assistiu a nenhuma das séries ou filmes de cinema, e pretende começar a assistir Picard, recomendo severamente que leia o meu artigo citado acima, Expectativa Alta Para Star Trek: Picard, pois lá tem uma lista de episódios e filmes que você precisa assistir para ficar bem enquadrado com o contexto da história.

Esse foi o meu resumo para que você possa entender o contexto de Jornada nas Estrelas pelas séries televisivas. Agora vamos aos filmes de cinema.

ST:Low – Lower Decks

Animação que mostra a vida dos “Lower Decks”, ou seja, pessoas de nível inferior que não são protagonistas nas histórias tradicionais. Ainda vou atualizar esta parte do texto para falar sobre essa série.

ST:Pro – Prodigy

Animação na qual um grupo de adolescentes desajustados encontra uma nave estelar da Federação em outro quadrante do universo. Ainda vou atualizar esta parte do texto para falar sobre essa série.

ST:SNW – Strange New Worlds

Prequel que acontece no espaço de tempo entre a primeira temporada de Discovery e TOS. Ainda vou atualizar esta parte do texto para falar sobre essa série.

Universo Cinematográfico

Antes de você terminar essa leitura preciso lhe passar uma informação muito importante sobre o universo cinematográfico de Star Trek para evitar confusão!

Em paralelo as séries para a TV foram feitos 10 filmes longa-metragem para cinema, na verdade foram mais, mas por que eu estou citando apenas 10 filmes? O motivo disso é linha de tempo. Os 10 primeiros filmes são a linha de tempo que chamamos de “prime”, a linha de tempo principal em que se desenrolam todas as histórias citadas até o momento, porém em 2009 houve a iniciativa de reviver Star Trek no cinema, e para isso foi feito uma jogada inteligente porém que não agradou a todos.

No filme Star Trek XI, mais conhecido como Star Trek 2009, um alienígena volta no tempo e destrói o planeta Vulcan, terra natal dos vulcanos, mudando todo o futuro daí para frente. Então os filmes realizados daí para frente são classificados como Star Trek: Realidade Alternativa. É importante salientar que, por se tratar de uma linha de tempo alternativa os fatos que lá acontecem não tem qualquer compometimento de manter fidelidade com o universo prime.

Então fazendo um resumo dos filmes, temos o seguinte:

Tripulação da série clássica, comandada pelo Cap. Kirk:

  • Star Trek I: The Motion Picture
  • Star Trek II: The Wrath of Khan
  • Star Trek III: The Search for Spock
  • Star Trek IV: The Voyage Home
  • Star Trek V: The Final Frontier
  • Star Trek VI: The Undiscovered Country
  • Star Trek VII: Generations

Os filmes II, III e IV são uma trilogia então não faz muito sentido assisti-los de forma separada.

O filme VII possui grande importância estratégica em toda a história porque mostra a passagem de comando do Cap. James Tiberius Kirk, que comandava a Entreprise A para o Cap. Jean-Luc Picard no comando da Enterprise D. Nesse filme a história dá um salto, pulando os acontecimentos das Enterprises B e C. Daqui para frente temos as histórias da tripulação de The Next Generation:

  • Star Trek VIII: First Contact
  • Star Trek IX: Insurrection
  • Star Trek X: Nemesis

O filme VIII também possui grande importância para todo o contexto do universo Star Trek pois retrada o tão importante “Dia do Primeiro Contato”, que é quando a raça humana tem seu primeiro contato com uma raça alienígena inteligente, no caso, os vulcanos. Uma história envolvendo tudo de bom de Jornada nas Estrelas, desde borgs até viagens no tempo passando pelas profundos conceitos filosóficos que norteiam todas as histórias.

O filme X, Nemesis, encerra a história de ST:TNG de forma brilhante. Enfim, todos os filmes da TNG são “imperdíveis”. Encerrada essa fase, temos então início da universo alternativo:

  • Star Trek XI (2009)
  • Star Trek XII: Into Darkness
  • Star Trek XIII: Beyond

Dos filmes citados acima, você não pode perder o XI para entender porque foi criada a realidade alternativa, e o filme XII tem a maravilhosa atuação de Benedict Cumberbatch, trazendo vida a um vilão de um dos filme de cinema da série clássica. Além de ser um personagem muito bem construído o ator faz valer cada segundo do filme.

Short Treks

Durante a apresentação de Star Trek: Discovery, a Netflix trouxe uma novidade: os Short Treks, filmes curtos de aproximadamente 15 minutos que são veiculados no intervalo entre as temporadas. Os Short Treks ajudaram a trazer melhor entendimento do universo de Discovery, porém o último deles “Filhos de Marte” faz referência a ST:Picard, que nem seria veiculado pela Netflix mas sim pela Amazon Prime Video.



Espero, com essa pequena contribuição, ter trazido luz para que você entenda todo o contexto dessa tão fantástica história, ideia e filosofia que é Jornada nas Estrelas.

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6 thoughts on “Entenda Rapidamente Jornada nas Estrelas

  1. Massa.
    Se alguém fosse assistir do zero? Como você ia sugerir a coisa? Que seguisse a lógica normal dos episódios interna ao universo star trek ou como foram lançados?

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