Estávamos em uma festa, em uma casa bem luxuosa na encosta de um morro. A casa possuía múltiplos níveis de varandas e eu estava com a Mamãe e um dos níveis, quando então o Upezão aparece enlouquecido com o nariz pingando cocaína. Eu começo a reclamar com ele por ter feito aquilo e ele briga dizendo que é normal, que não tem problema, que ele só faz isso quando está em festas com os amigos, em meio à briga eu lembro a ele “você não viu o que aconteceu com a Dida Linda?” e ele diz que ele não é ela, que não vai acontecer nada com ele.
O Bide estava em um nível de varanda acima do que eu estava, ele se apoia no muro da varanda e diz lá de cima, com o nariz pingando cocaína, “para de bobeira, todo mundo cheira, só você que não!”.
Eu pego o telefone e ligo para a Andréa e ela responde calmamente “ah, Lu, você não sabia? É por você ser quadrado assim que as pessoas escondem as coisas de você!”.
Ainda pensando como resolver as coisas, porém com a cabeça muito confusa e se transportando para outros ambientes, os quais eu não consigo lembrar. Sonho é assim, além de muitas ideias diferentes misturadas, a gente tem dificuldade de lembrar de todos os detalhes ao acordar.
Aí eu chamo a Mamãe para ir embora. Não sei o motivo, mas estávamos indo para a casa do Sérgio Bello. Entro com o carro na Rua Carvalho de Azevedo mas, no sonho, logo após passar a primeira rua à esquerda, havia uma bifurcação e ambas as ruas da bifurcação possuíam portões, os quais teríamos que nos identificar para passar.
Por alguma razão eu não lembrava qual dos dois era o portão certo, aí eu liguei para o Upezão. Ele disse que estava muito triste por não ter casa e eu perguntei se ele queria voltar a morar comigo. Ele disse que sim, que ficaria feliz. Aí eu liguei para a Kelly para informar que ela deveria desarmar o escritório dela para voltar a ser quarto do Upezão, ao que ela disse nervosamente que eu teria que desarmar sozinho, porque ela estava indo embora.
Quando olho para a Mamãe, ela estava com o cachorro do Sérgio Bello nos braços, talvez seja por isso que estávamos lá, para devolver o cachorro dele. Na bifurcação havia uma loja, com porta de correr fechada. Essa loja ficava bem no meio separando as duas ruas da bifurcação. Eu tentei pedir ajuda a algumas pessoas que estavam à frente da loja, ao que todas as pessoas cruzaram os braços e se viraram de costas em total silêncio, no mesmo gesto que aquela portuguesa fez para mim naquela sorveteria no Shopping Palácio do Gelo, em Vizeu. A última delas responde com sotaque português, a versão palavrão de “vá se danar”, antes de virar de costas. A Vanessoide passava pela rua, dizendo rapidamente que não poderia ajudar porque estava com pressa.
Nisso, quando olho para a Mamãe, o cachorro do Sérgio Bello não está mais em seus braços. Eu perguntei a ela onde ele estava e ela disse que ele havia pulado o muro da casa ao lado. Eu disse “mãe, não pode deixar ele ir embora, o Sérgio Bello gosta dele como se fosse um filho”.
Eu coloquei a cabeça sobre o muro, havia duas mulheres brincando com o cachorro lá dentro em um imenso jardim com uma mansão rosada ao fundo e um quiosque de vidro ao meio desse jardim. As mulheres estavam ligeiramente longe e eu não tinha como chamar mas, por alguma estranha razão, se caminhasse até o portão da casa, que era feito de grades vazadas, seria fácil cumprir essa tarefa, mas para executar essa tarefa, eu precisava de alguém para ficar perto da Mamãe.
Aí aparece o Bidú caminhando pela rua. Eu perguntei se ele poderia fazer companhia à Mamãe enquanto eu ia lá na casa falar com as mulheres, ao que ele prontamente atendeu ao pedido dizendo “vai lá tranquilo que eu cuido dela aqui”.
Fui para o portão mas, quando estava chegando lá, foi possível falar com as mulheres por cima do muro mesmo. Expliquei a importância do cachorro e elas me entregaram. Voltei para o portão da bifurcação, onde o carro estava parado. Entreguei o cachorro para a Mamãe, que estava em pé ao lado do carro. Ela segurou ele em seus braços e ficou fazendo carinho. O Bidú foi embora e disse que seu eu precisasse de algo mais era só chamar.
Nessa bifurcação eu havia parado o carro em frente ao portão da esquerda, mas não sabia se esse era o caminho certo mas então tive uma ideia. O Upezão também estava indo para o mesmo destino e, como ele havia saído mais cedo da festa, bastava ver onde ele estava no Google Maps para então escolher o caminho. Nesse momento comecei a perceber que era um sonho, porque imediatamente pensei, “hum, o que ele está fazendo aqui. A gente não mora aqui na Lagoa. Acho que isso é um sonho”. Então comecei a me tranquilizar pensando “é tudo um sonho, Upezão não está usando drogas e Dida Linda não morreu, e nem existem aqueles portugueses…”. E o que acontece quando a gente percebe que está sonhando? Isso mesmo, estava começando a acordar.
Mas antes de acordar fiquei procurando o Upezão no Google Maps, e registrava lá que a última vez que ele esteve online foi há 3 horas. Ainda confuso se o Upezão havia morrido no caminho para casa ou se era um sonho mesmo… Acordei!
Fui ao banheiro e deitei novamente, eram 4 da manhã. Conferi no relógio e percebi que havia dormido apenas 4 horas. Pensei que para dormir novamente bastaria deitar. Ultimamente eu tenho essa neurose de dormir, no mínimo, 6 horas por noite para proteger o cérebro contra doenças degenerativas. Deitei mas vi que não iria dar certo. Então vim para o computador para tentar adiantar alguma coisa no programa que estou fazendo no momento. Pensei no Papai, que às 4h da manhã já era produtivo. Pensei “se ele conseguia ser produtivo nesse horário, então não deve ser tão difícil”. Mas o fato é que não consegui nem abrir o Visual Studio, programa que uso para editar programas. Então achei melhor abrir o meu blog e escrever esse texto, porque assim, quando vocês perguntarem porque estou sonolento neste dia, não vou precisar contar essa história toda de novo.
Vou nessa o sono começou a chegar. Acho que agora consigo dormir, mas já são quase 5h. Se o Sol raiar complica para meu sistema circadiano. Já tem até mensagem do Bide pipocando lá no grupo da família.