No dia 20 de abril de 2009 aconteceu o casamento do amigo Rodrigo Kono, que tive o prazer de conhecer num dos encontros realizados pela Microsoft em sua sede São Paulo, encontros estes que se intitulavam TTT (Train The Tainers) e que serviram para unir a comunidade de palestrantes e influenciadores espalhados por todo o Brasil. A versão atual destes encontros se chama Comunity Zone e tem uma abordagem bem diferente do que eram os TTT.
Eu tive a grata surpresa de ser convidado pelo Kono a ser seu padrinho em conjunto com minha esposa, Kelly, naquela época namorada (nós casaríamos cerca de um mês depois, no dia 16 de maio). Como a viagem para Goiânia era inevitável, aproveitei a situação para fazer um roteiro turístico pela região do Planalto Central, aproveitando para conhecer a tão famosa Caldas Novas e Brasília por um outro foco, uma vez que já conhecia a cidade porém nunca havia feito um passeio pela mesma. A um mês de distância do meu casamento, o passeio também significaria a primeira viagem longa que fiz com a Kelly e queria aproveitar isso ao máximo.
Embarcamos no vôo da GOL 1697 que saía do GIG (Galeão – Rio) às 16h55 e chegava no GYN (Santa Genoveva – Goiânia) às 20h20, com conexão no CGH (Congonhas – São Paulo). Chegamos no GYN com cerca de uma hora de atraso, a conexão em São Paulo foi mais demorada do que o planejado, e o Kono lá estava nos esperando.
Tenho o hábito de sempre voar com o GPS ativado, pelo puro hobby de me sentir co-piloto, podendo ver a direção que estamos indo, a velocidade, aceleração, altitude, localização e todas as demais informações propiciadas pelo referido equipamento. Acontece que neste vôo aconteceu algo inusitado, o GPS simplesmente parou de funcionar. O smartphone, um HTC Touch Diamond, simplesmente dizia que não havia GPS instalado. Tentei de tudo, e nada dava certo, até que resolvi radicalizar fazendo um master reset. Fiz sem pena pois sabia que, chegando em Goiânia, bastaria conectar ao notebook e restaurar todas as informações lá contidas. Para minha surpresa nem isso funcionou, fiquei frustrado pensando que realmente havia alguma falha no hardware.
No balcão da Localiza, enquanto fazia a documentação para alugar o carro, tirei o notebook da mochila para fazer a sincronia com o smartphone. Observe bem a foto abaixo, pois é a última vez que este notebook será visto entre nós.
O carro alugado foi um popular, sem ar condicionado, ao que ouvi o Kono dizer “Você está em Goiânia, aqui você pode andar com os vidros do carro abertos e parar em todos os sinais seja qual for o horário”. É, meu amigo Kono, lembre bem dessas palavras… Ele nos levou do aeroporto direto para o excelente restaurante Cateretê. Posso dizer que isso vale o passeio! Saboreamos iguarias da região com um preparo especial da casa. Nota 10 para o restaurante. Aproveitei que estava em uma cidade cujo índice que violência é tão pequeno para fazer algo que nunca havia feito na vida: deixei a mochila do notebook no carro, escondida embaixo do banco do motorista. Infelizmente, quando saímos do jantar o carro estava arrombado e a única coisa que havia sido roubada foi a referida mochila…
Agora não adiantava chorar, era “tocar a vida” e aproveitar o passeio. Ainda naquela noite percorremos pouco mais de 160km e por volta de 2h20 da manhã chegávamos à nossa primeira estadia: o Hotel Thermas di Roma, Caldas Novas.
O hotel é uma experiência única! Como chegamos na madrugada não tivemos uma boa impressão, o quarto era muito simples, diria humilde mesmo e, no escuro só víamos alguns espaços externos e piscinas que, apesar de bonitos, não pareciam justificar a viagem. A única coisa que nos chamou a atenção naquela foi foram as águas das piscinas, que eram muito quentes. O raiar do dia nos reservara grandes surpresas com o nosso local de estadia. Em contraste com os quartos humildes, o local contava com uma mega estrutura de lazer. Aquelas piscinas que avistávamos da varanda do quarto eram apenas o ponto de partida. Enquanto ainda apreciávamos aquele ponto de entrada, um casal de Minas Gerais que já estava hospedado há cinco dias nos informou que aquilo não era o parque aquático do hotel e nos indicou o caminho para lá chegar.
Depois de lancharmos, formos para o local indicado e lá ficamos durante toda a manhã. Depois do almoço, enquanto descansava em uma piscinas comentei com o guarda-vidas que o parque aquático do hotel era excelente, quando ele então me disse que aquilo ali ainda não era o parque aquático, apenas uma pequena entrada, e indicou o caminho para o verdadeiro parque aquático! Atravessamos a rua e a surpresa não parava de se repetir, quanto mais conhecíamos o parque, mais havia para conhecer. Com isso, passamos o dia todo só para percorrer todos os parques aquáticos do hotel. O local mais famoso da região é o Hot Park, distante 60km do centro de Caldas Novas, é lá que se encontra a maior piscina de ondas da América Latina que, por te areia, é conhecida como “a praia do serrado”. O Hot Park pode ser visitando de forma avulsa, não sendo necessário se hospedar nos hotéis em seu interior. Para tal, deve-se pagar uma entrada de R$ 70,00, bem mais barato que as caríssimas diárias de seus hotéis. Sendo assim, fica a dica: caso vá para Caldas Novas, hospede-se no Thermas di Romas, que é um excelente hotel.
Estava entardecendo e, a
pesar do excelente dia no Themas di Roma era necessário prosseguir viagem para nosso próximo destino: Brasília. Na hora de fechar a conta do hotel, que ficou por volta de R$ 250,00, mais uma surpresa. Meu primo Euler, de Brasília, não só havia feito a reserva como também havia deixado pago a diária! Obrigado primo! Na saída de Caldas Nova, uma rápida parada para lanchar em Lagoa Quente, no Serra Verde “o shopping do artesanato”.
Depois de andar cerca de 300km chegávamos a Brasília por volta das 22h00. No caminho paramos em Samambaia para abastecer. Naquele local já havíamos percorrido o total de 387km de viagem e gastamos R$ 95,00 para abastecer 36,7L. Com a ajuda do GPS e do Google Maps foi fácil chegar ao Hotel Bonaparte, nossa próxima estadia. Naquela noite andamos pouco pela cidade por já estarmos cansados. Uma coisa que me chamou a atenção chegando na cidade, foi o encontro com o km zero da BR-040. Para fazer esta foto, parei o carro sobre o canteiro, pois queria mostrar a meu pai o início da estrada que nós, por tantas vezes trilhamos
Passear em Brasília é algo realmente muito simples! Todo o percurso turístico da cidade se resume a uma grande reta, chamada Eixo Monumental. É lá que estão todos os prédios governamentais, museus e atrações da cidade. Recomendo como primeira parada a Torre de TV que fica bem no meio do Eixo Monumental. Lá é possível subir até a metade da torre. Como a cidade é toda plana, do mirante é possível aprecidar tudo o que se fará durante o dia e ver, com os próprios olhos, a magnitude da obra de Niemeyer.
Não vou falar muito aqui sobre as atrações da cidade, pois ela fala por si só. O que posso salientar é que, se você pretende passear em Brasília, o faça no domingo. Apesar de já ter ido à cidade algumas vezes fazer serviços na Câmara dos Deputados, nunca havia conhecido o Congresso Nacional de forma tão próxima como foi dessa vez. O motivo é que, aos domingos, existem passeios turísticos guiados a todo o Congresso. Foi sensacional! Conhecemos os plenários da Câmara dos Deputados (aquele com a concha voltada para cima) e do Senado (o que tem a concha voltada para baixo), entramos no gabinete do Presidente da Câmara, conhecemos os trâmites e como funciona a vida dos parlamentares. É tudo tão organizado que tem tudo para dar certo, bastava que os governantes diminuíssem um pouco a corrupção.
Ah sim, mas lá no prédio do Congresso Nacional fiz algo bem diferente… Você já observou que a referida edificação fica em um vale, ou seja, fica abaixo do nível da rua? Quando saí do carro, parado ao lado do prédio, confesso-lhe que a primeira coisa que me veio à mente foi “se tivesse um papelão eu desceria essa rampa…” Depois de contornamos a rampa e prestes a entrar no prédio, as pilhas da câmera descarregaram, então voltei no carro sozinho para fazer a troca, pois não iria voltar pelo caminho tradicional, mas iria subir a rampa. Enquanto subia encontrei um senhor com suas três filhas preparando uma enorme caixa de papelão para descerem aquela rampa num famoso “esqui-bunda”. Eu os ajudei e os empurrei rampa abaixo. Depois que troquei as pilhas e estava voltando para o prédio, eles fizeram o mesmo por mim! Eis a foto que poucas pessoas têm do Congresso Nacional:
Estava anoitecento e paramos no Shopping Pátio Brasil para lancharmos no Laranjalima, onde pude degustar vários sucos e então prosseguimos viagem para o nosso próximo destino: Goiânia. No caminho, mais um abastecimento após andar 198 km foram 16L e R$ 44,00. Depois de duas horas de viagem chegamos ao Hotel Plaza Inn por volta de 01h00 da manhã de segunda-feira. Adivinhe o que encontramos no elevador do hotel? Uma placa avisando que havia uma quadrilha andando pela cidade, especializada no roubo de notebooks. Pena que era tarde demais para recebermos o recado!
O regresso ao Rio estava marcado para madrugada. Para não ter problemas de transporte foi de carro ao aeroporto e o deixei lá estacionado para que tivesse como voltar para casa. Acontece que a chave do carro estava na mochila do notebook. Foi uma segunda-feira de muito trabalho para o meu pai que levou um chaveiro ao estacionamento do aeroporto para fazer uma nova chave do carro a partir do miolo da porta. Ele ainda teve que ir à casa da Kelly para coletar documentos da mãe dela, para conseguir sair com o carro do estacionamento sem o cartão de entrada (o veículo está no nome dela). Foi o esforço de um dia inteiro e mais R$ 600,00 para concluir esta missão.
A segunda-feira em Goiânia serviu para conhecermos um pouco a cidade, porém foi mais dedicada aos preparativos para o casamento… Foi bom rever na cerimônia vários amigos que já estava habituado a ver em São Paulo, nos encontros da Microsfoft. Eram os MSPs (Microsoft Student Partners) de Goiânia, Brasília e arredores que foram prestigiar o casamento do amigo MVP (Microsoft Most Valuable Professional).
Depois da cerimônia, fizemos algumas fotos noturnas pela cidade e fomos para o hotel. Foi um dia exaustivo, e o dia seguinte, terça-feira, era o nosso último naquele passeio.
Aquela terça-feira foi marcada pela união da Comunidade.NET. Fomos a uma churrascaria, a qual não lembro o nome e depois ficamos com o amigo Álvaro Rezende e sua esposa Geisa, que nos receberam em sua casa com extrema cordialidade. O Álvaro me levou à Delegacia para registrarmos o roubo do computador. Um atendimento completamente diferente do que estamos acostumados na cidade grande. Os responsáveis pela Distrito Policial estavam batendo papo do lado de fora e nos receberam com extrema cordialidade. Rapidamente preparam o documento para que eu apresentasse na hora de devolver o carro arrombado e passamos o resto da tarde na casa do Álvaro ouvindo suas histórias e contado as nossas. Foi um final de tarde muito agradável.
Passeio chegando ao final. No último abastecimento para entregar o carro, havia percorrido 293km, gastado 22L e R$ 55,00. No pagamento do aluguel do carro, já fizeram um orçamento da porta arrombada e paguei tudo junto. Não houve abuso por parte da locadora, na verdade, o valor foi até bem razoável para o dano ocorrido. Embarcamos no GOL 1651 às 23h30 e, sem escalas, estávamos no Rio à 01h20.
Fomos de táxi para a casa da Kelly e encerramos um passeio que deixou muita saudade. Já está agendado, no próximo ano voltar a Caldas Novas.
eeee. que amigo em, esse negocio de cidade segura nem existe, onde existe o homen pode ter certeza que pode existir a malandragem