{"id":5589,"date":"2021-10-15T17:57:04","date_gmt":"2021-10-15T20:57:04","guid":{"rendered":"https:\/\/blog.lucianoreis.com\/?p=5589"},"modified":"2023-05-19T07:55:43","modified_gmt":"2023-05-19T10:55:43","slug":"estereotipo-de-princesa-a-cor-da-pele","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/blog.lucianoreis.com\/2021\/10\/15\/estereotipo-de-princesa-a-cor-da-pele\/","title":{"rendered":"Estere\u00f3tipo de Princesa – A Cor da Pele"},"content":{"rendered":"\n

\u00c9 estranho como muitas vezes o \u00f3bvio precisa ser falado e repetido e em outras vezes \u00e9 necess\u00e1rio que se expressem aqueles que tentaram silenciar. Eu, particularmente, nunca dei cr\u00e9dito \u00e0 t\u00e3o falada representatividade no cinema. Meus her\u00f3is da inf\u00e2ncia eram personagens de filmes que envolviam explora\u00e7\u00e3o espacial e os autores, talvez por estarem \u00e0 frente do seu tempo, j\u00e1 trabalhavam com essa quest\u00e3o de inclus\u00e3o total e imparcial desde ent\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Eu cresci vendo nas s\u00e9ries de Jornada nas Estrelas<\/a>, protagonistas de todos os tipos: um capit\u00e3o de esta\u00e7\u00e3o espacial negro, uma capit\u00e3o de nave estelar mulher, outro capit\u00e3o velho e careca. Nos pap\u00e9is secund\u00e1rios tamb\u00e9m muita diversidade como a primeira oficial mulher negra da hist\u00f3ria da televis\u00e3o, o primeiro beijo interracial, personagens sem distin\u00e7\u00e3o de sexo ou hermafroditas, e por a\u00ed vai…<\/p>\n\n\n\n

Nunca dei muita aten\u00e7\u00e3o para a Disney e suas “princesas” e talvez por isso nunca tenha percebido o quanto eles falharam grandiosamente neste quesito! O texto da minha amiga Carla Goulart<\/a><\/strong> deixa isso de forma bem clara e contundente, e que sirva de li\u00e7\u00e3o para que a gera\u00e7\u00e3o atual ou as futuras n\u00e3o cometam os mesmos erros das gera\u00e7\u00f5es passadas. Texto da Carla:<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

Eu poderia apenas postar a foto? Poderia. Mas eu n\u00e3o sou dessas. Gosto de refletir.

Hoje foi dia de fantasia na semana da crian\u00e7a e por tr\u00e1s dessa professora fantasiada existe uma menina que ouviu das amiguinhas (quando era crian\u00e7a) na escola: ” voc\u00ea n\u00e3o pode ser princesa!”. E confesso que por muito tempo eu tive avers\u00e3o \u00e0s princesas.

Hoje eu tamb\u00e9m tive um pouco de dificuldade em planejar e executar a fantasia porque essas mem\u00f3rias ecoam. Mas eu queria que as mesmas amiguinhas vissem o brilho no olhar da minha filha quando viu a m\u00e3e de princesa, a surpresa dos meus alunos e a admira\u00e7\u00e3o das minhas alunas.

Tamb\u00e9m queria voltar no tempo e dizer \u00e0s minhas amiguinhas que a realeza \u00e9 heran\u00e7a dos meus antepassados, muito antes das princesas da Disney, que aprendi a amar minha coroa natural e que eu posso ser o que e quem eu quiser!<\/p>\n\n\n\n

E hoje eu quis ser princesa! \"👸🏾\"\"✊🏾\"<\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"\"<\/a><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

Agora eu, Luciano, voltando aqui novamente.<\/p>\n\n\n\n

Comecei a perceber essa defici\u00eancia depois que tive uma filha. N\u00e3o no sentido racial mas no sentido de g\u00eanero. Percebia como na quase totalidade das vezes as mulheres eram fr\u00e1geis e eram salvas pelo her\u00f3is homens. Aquilo me incomodou um pouco porque eu pensava “espera um pouco, a minha garota \u00e9 a hero\u00edna, ela que tem que salvar o dia!”. E pude perceber que a ind\u00fastria do entretenimento foi se adaptando. Os her\u00f3is da Marvel e da DC s\u00e3o a prova disso.<\/p>\n\n\n\n

Voltando ao texto da Carla Goulart, a Disney tamb\u00e9m vem se adaptando e trazendo princesas com fen\u00f3tipos variados e personalidades idem. Ao que tudo indica, pelo menos nesse t\u00f3pico a pr\u00f3xima gera\u00e7\u00e3o n\u00e3o ir\u00e1 passar pelos mesmo dissabores que a anterior.<\/p>\n\n\n\n

Em Tempo<\/h2>\n\n\n\n

Sou da firme opini\u00e3o favor\u00e1vel a cria\u00e7\u00e3o de novos personagens e super her\u00f3is inclusivos, por\u00e9m eu disse “novos” personagens. Sou radicalmente contra a vandaliza\u00e7\u00e3o de obras j\u00e1 criadas e presentes na cultura popular pelo simples argumento de tornar os personagens inclusivos.<\/p>\n\n\n\n

O Super Homem \u00e9 homem, branco, h\u00e9tero, cabelo preto. A Mulher Maravilha \u00e9 mulher, branca, cabelo preto, h\u00e9tero. O Lion \u00e9 alien\u00edgena com corpo parecendo um gato, o He Man \u00e9 homem, moreno de cabelo louro, e por a\u00ed vai. Faltou inclus\u00e3o social? Sim, faltou. Vamos corrigir isso vandalizando essas obras? N\u00e3o. Isso \u00e9 desrespeito at\u00e9 mesmo com seus criadores. Estou falando isso porque tenho visto algumas pessoas brigando nesse sentido, de que os super her\u00f3is antigos deveriam ser reestilizados para acompanhar o atual modelo inclusivo. Na minha opini\u00e3o isso \u00e9 errado, muito errado. Que cheguem os novos super her\u00f3is atendendo essa demanda da ind\u00fastria cinematogr\u00e1fica, mas que sejam novos, com ess\u00eancia, roteiro e alma que justifiquem e valorizem a sua presen\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Se voc\u00ea achou esse conte\u00fado relevante considere assinar este blog preenchendo o seu e-mail no campo abaixo e deixe seus coment\u00e1rios ao final desta postagem.<\/p>\n\n\n\t

\n\t\t
\n\t\t\t
\n\t\t\t\t\n\t\t\t\t\t

\n\t\t\t\t\t\t

\n\t\t\t\t\t\t\n\t\t\t\t\t\t\n\t\t\t\t\t\t\n\t\t\t\t\t\t\n\t\t\t\t\t\t\n\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t